Na madrugada desta quinta-feira 24, a onça-pintada que matou e devorou partes do corpo do caseiro Jorge Ávalos, o Jorginho, de 60 anos, foi capturada e levada até o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Macho, o animal de idade avançada, entre 9 e 10 anos, estava abaixo do peso, com 94 quilos, e tinha as presas menores do que o normal.
Ao acordar do sedativo, a onça demonstrou sinais de agitação presa na gaiola do Centro de Reabilitação, onde deve passar por exames médicos que irão ajudar a elucidar o caso. O órgão ambiental, porém, não informou qual será o destino do animal após os procedimentos.
Caso seja confirmada ser a mesma onça que atacou Jorginho, o animal deve ser levado para outra área silvestre, isolada da presença humana, para evitar futuros ataques como esse ou para o Instituto Onça Pintada, em Goiás, o que já gera controvérsia já que trata-se de um animal selvagem e não de cativeiro.
A morte de Jorginho provocou uma comoção no Brasil e levantou preocupações por novas investidas de onças-pintadas em todo o Pantanal, já que o felino teria retornado ao local após o ataque ao caseiro. Especialistas, no entanto, alertam que incidentes como esses são muito raríssimos e o fato do animal estar muito magro pode ter contribuído para o ataque.
O que aconteceu?
Na última terça-feira 22, os restos mortais do caseiro Jorge Ávalos foi encontrado perto de uma propriedade rural em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul. Segundo pescadores, familiares e policiais ambientais, homem foi atacado perto de um pesqueiro, no Pantanal, às margens do Rio Miranda e o corpo estava próximo a uma toca onde estava a onça-pintada.
Após a confirmação da morte de Jorginho, órgãos estaduais iniciaram as buscas pelo animal por meio de uma equipe da Polícia Militar Ambiental, acompanhada de dois guias locais e do pesquisador Gediendson Ribeiro de Araújo, da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul), especialista em manejo de onças-pintadas.