A Prefeitura de Belo Horizonte declarou, nesta quarta-feira (30), estado de emergência em saúde pública para o enfrentamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O documento, publicado do Diário Oficial do Município (DOM), afirma que houve um aumento repentino dos casos da doença na cidade, o que pressiona o sistema de saúde, especialmente, em relação ao número de leitos de UTI na capital mineira.
Mas o que é e quais são os perigos da SRAG? De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, a Síndrome Respiratória Aguda Grave é uma infecção respiratória que gera grande dificuldade de respirar e lesões nos alvéolos (pequenas bolsas de ar localizadas no interior dos pulmões, onde ocorre a troca gasosa entre o ar e o sangue). Geralmente a SARG é acompanhada de pneumonia e pode levar o paciente à morte.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) alerta que a SRAG é uma complicação grave de uma Síndrome Gripal, que pode ter sido causada pelos vírus da influenza e coronavírus, ou ainda pneumonias bacterianas e doenças fúngicas. A condição pode atingir adultos, mas costuma ser mais grave em crianças, idosos e pacientes do grupo de risco.
Quais os sintomas da SRAG?
Para que um paciente seja diagnosticado com uma Síndrome Gripal, ele deve apresentar pelo menos dois dos seguintes sintomas:
- febre (temperatura maior que 37,8ºC) ou sensação febril;
- calafrios;
- dor de garganta;
- tosse;
- nariz escorrendo (coriza);
- alterações no olfato ou no paladar.
Crianças ainda podem apresentar obstrução nasal. Já os idosos podem ter confusão mental, desmaios, sonolência, irritabilidade e falta de apetite.
Para que o quadro evolua para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o paciente deve apresentar ao menos um sintoma abaixo, associado com os sinais de Síndrome Gripal:
- falta de ar ou desconforto para respirar;
- sensação de pressão no peito;
- saturação de oxigênio abaixo de 95%;
- coloração azulada de lábios ou rosto (cianose).
Tratamento e UTI
Assim que a SRAG é diagnosticada, o paciente deve ser internado para seguir o tratamento em um hospital, seja no quarto ou em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), a depender da gravidade do caso. É importante ressaltar que a condição é considerada grave, que pode evoluir rapidamente para complicações respiratórias e para o óbito.
Entre os principais tratamentos está a suplementação de oxigênio, com diferentes equipamentos, além de fisioterapia respiratória. Outras intervenções, como o uso de medicamentos, dependem da causa da infecção.
Caso o paciente responda bem ao tratamento, o caso pode se resolver em até duas semanas. No entanto, em quadros mais graves, o tempo de recuperação pode ser maior.
Como prevenir?
A principal forma de evitar a evolução de um quadro gripal para a Síndrome Respiratória Aguda Grave é a vacinação para problemas respiratórios, como a gripe e a Covid-19.
Vale lembrar que a complicação da SRAG pode se desenvolver em qualquer pessoa, mesmo que não esteja no grupo de risco. Por isso, é importante que todos se vacinem.
O contato com pessoas com infecções respiratórias também deve ser evitado.