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Belém não precisa da imprensa do Centro-Sul

A cada dia que passa, a campanha exaustiva para descredibilizar Belém se torna mais grotesca. E não estou falando apenas de críticas isoladas, mas de um movimento orquestrado por setores da imprensa brasileira, com destaque para o Grupo Globo, que parece ter como missão convencer o mundo de que a capital do Pará é incapaz de sediar a COP 30.

O questionamento sobre a infraestrutura de Belém é infantil, mas, acima de tudo, revela uma ignorância imoral. Sim, imoral, porque essa narrativa não nasce da dúvida legítima, mas de uma tentativa rasteira de reforçar um preconceito estrutural contra a Amazônia e o Norte do país. E o mais revoltante? Essa mesma imprensa nunca teve essa sanha destrutiva contra Paris, Nova York, Londres ou Dubai, cidades que, pasmem, também têm seus próprios desafios urbanos e sociais.

Belém já tem infraestrutura para grandes eventos, e isso é um fato. Não é porque São Paulo e Rio de Janeiro vivem mergulhados em sua arrogância decadente que temos que aceitar esse complexo de superioridade barato vindo de quem convive diariamente com enchentes, violência descontrolada, colapso nos transportes e desigualdade obscena. Se vocês não querem reconhecer Belém como uma cidade digna de sediar um evento global, façam um favor: não venham. Fiquem aí nas suas cidades imundas, entre ratos e metrôs lotados, e deixem a COP 30 para quem realmente se importa com o futuro do planeta.

A Importância da COP 30 na Amazônia

O problema não é a infraestrutura. O problema é que a COP 30 está sendo realizada aqui, na Amazônia, onde a agenda ambiental não pode ser moldada pelos interesses mesquinhos de quem sempre explorou a região sem dar nada em troca. Esse incômodo é evidente. E é exatamente por isso que a realização da COP 30 em Belém é um marco: porque finalmente estamos no centro do debate, e não na periferia das decisões.

Se incomoda tanto assim, se acham que Belém não merece, se já decidiram que tudo será um fracasso antes mesmo de começar, façam o favor de nos poupar da presença de vocês. O Norte do Brasil não precisa da aprovação de uma elite colonizadora que nunca se importou com essa terra, a não ser para explorá-la.

A COP 30 será um sucesso com ou sem vocês. E Belém continuará sendo grande, independentemente da opinião rasa de quem nunca pisou aqui.

Rodrigo Lopes – Internacionalista*

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