De acordo com informações da Polícia Federal, Collor foi abordado por agentes no aeroporto por volta das 4h da manhã, no momento em que se preparava para embarcar. A prisão ocorreu de forma imediata, em cumprimento à ordem do STF. Segundo o advogado do ex-presidente, Marcelo Berser, a intenção de Collor era se entregar espontaneamente na capital federal, mas a detenção foi realizada antes disso, ainda em solo alagoano.
Collor está custodiado na Superintendência da Polícia Federal em Maceió, onde permanece à espera de orientações do Supremo sobre a transferência para Brasília, local onde deve cumprir a pena. A expectativa é que a transferência ocorra nos próximos dias.
Condenado a 8 anos e 10 meses de prisão, o ex-presidente foi sentenciado por envolvimento em um esquema de corrupção ligado à BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. O Ministério Público Federal afirma que Collor recebeu cerca de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014, no contexto da Operação Lava Jato.
A ordem de prisão foi determinada de forma monocrática por Alexandre de Moraes, que considerou os recursos da defesa como meramente protelatórios. Ainda nesta sexta-feira, às 11h, os demais ministros do STF vão avaliar a decisão em plenário virtual. Em novembro de 2024, por 6 votos a 4, a Corte já havia rejeitado recursos anteriores apresentados pela defesa de Collor.