O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) protagonizou uma nova confusão na Câmara, nesta terça-feira 29, em uma audiência com a participação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, na Comissão de Segurança Pública. O bolsonarista e o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (PT-RJ), quase chegaram às vias de fato.
O caos na sessão começou após Gilvan se referir ao presidente Lula (PT) diversas vezes como “descondenado” e dizer que o governo federal está “importante corrupto”, em referência ao asilo concedido à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia.
Depois do discurso de Gilvan, Lindbergh afirmou que deputados não podem desrespeitar autoridades e se referiu ao colega como “desqualificado”, relembrando o episódio em que o bolsonarista disse desejar a morte de Lula.
Gilvan resolveu, então, partir para cima do petista, que também se levantou. O presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-SP), acionou a Polícia Legislativa para conter os ânimos.
Em 8 de abril, Gilvan da Federal afirmou torcer pela morte de Lula, em uma sessão do mesmo colegiado.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que vou matar cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o País”, disse o parlamentar de extrema-direita, na ocasião. Um dia depois, pediu desculpas e alegou ter exagerado no discurso.