Com um elenco reduzido e carente de qualidade, o Paysandu enfrentou quatro competições simultaneamente até ser eliminado da Copa do Brasil de forma vexatória na noite desta quarta-feira (21), na Arena Fonte Nova, em Salvador. A goleada por 4 a 0 diante do Bahia evidenciou o abismo existente entre os dois clubes — um distanciamento que vai muito além da diferença de divisão.
Com um aporte financeiro robusto e um planejamento mais estruturado, o Bahia conseguiu montar um elenco competitivo e recheado de boas opções. Mesmo utilizando um time alternativo nesta partida, já que ainda não havia nada definido no confronto, a equipe baiana dominou completamente o jogo. Os reservas deram conta do recado.
Enquanto isso, o Paysandu, desgastado física e mentalmente, entrou em campo com o que restou do seu elenco. Para agravar ainda mais a situação, alguns dos jogadores que brilharam no Parazão caíram de rendimento nas últimas semanas. Faltou preparo — técnico, físico e estrutural — para encarar as exigências simultâneas do Parazão, Copa Verde, Copa do Brasil e a longa maratona da Série B.
Desempenho e que virá agora, Paysandu?
No balanço da temporada até aqui, o Papão conquistou a Copa Verde, foi vice no Parazão ao perder para o Remo, e agora se despede da Copa do Brasil com um agregado de 5 a 0. Resta apenas a Série B como esperança para salvar o ano. Mas a realidade preocupa: a equipe não vence há oito rodadas.
Para reagir, o Paysandu precisa de reforços urgentes. Contudo, o mercado está escasso e os principais nomes já estão empregados. A garimpagem por reforços será longa e incerta. E até lá, o clube terá que seguir com o elenco atual, torcendo para que ao menos haja resposta imediata dentro de campo — antes que o cenário se agrave ainda mais.