Com a morte do papa Francisco, uma nova eleição será realizada em breve para escolher o próximo pontífice — um processo conhecido como conclave. Ainda sem data marcada, o conclave costuma começar entre 15 e 20 dias após o falecimento do papa e não tem duração pré-estabelecida: pode se resolver em poucas horas ou se arrastar por anos, caso os cardeais não alcancem a maioria necessária para eleger o novo líder da Igreja.
Neste conclave, 135 cardeais ficarão isolados do mundo exterior até que a decisão seja tomada por dois terços dos presentes, ou seja, é preciso 90 votos para que um novo papa seja escolhido.
Segundo o acervo digital “The Cardinals of the Holy Roman Church“, construído pelo professor Salvador Miranda e mantido pela Florida International University, o conclave que elegeu papa Francisco, em 2013, teve duração de dois dias, assim como o do seu antecessor, Bento XVI, em 2005.
Ainda de acordo com o acervo do professor Miranda, o conclave mais longo que se tem notícia foi a escolha do papa Gregório X, no século XIII, que durou mil e seis dias. Já o conclave mais curto foi a do papa Júlio II, no século XVI, com duração de apenas algumas horas.
Fumaça preta e fumaça branca
Desde 1939, a Capela Sistina utiliza uma chaminé para informar o público sobre o andamento do Conclave. Enquanto a eleição está em curso, a fumaça que sai é preta — sinal de que ainda não há um novo papa.
Já a fumaça branca é a indicação de que houve dois terços dos votos a um candidato, e que esse eleito aceitou a função de papa, vestiu o “Anel do Pescador” (que simboliza o legado de São Pedro, que a tradição eclesiástica associa como pescador) e o manto branco, e escolheu o nome pontifício.
*Estagiário sob supervisão de Diogo Max